Após quase duas décadas
desativado, o Moinho de Trigo do Porto de Ilhéus voltou oficialmente
a operar. O anúncio foi feito pela Companhia Docas do Estado da Bahia
(Codeba), que confirmou um investimento de R$ 130 milhões da Jav
Indústria de Alimentos, empresa do Grupo Maratá, responsável pela
reativação da unidade.
Com capacidade para processar
até 120 mil toneladas de trigo por ano, o moinho promete fortalecer a
economia regional, reduzir a dependência de importações e melhorar a logística
de escoamento de grãos no sul da Bahia. O projeto é fruto de uma parceria entre
os setores público e privado.
O contrato de cessão da área, com
validade de 35 anos, prevê a modernização completa do equipamento,
incluindo a instalação de novos silos, aquisição de maquinário de última
geração e recuperação de toda a estrutura física.
A área concedida ocupa 16.719
metros quadrados dentro do Porto de Ilhéus.
A reativação só foi possível após
as obras de dragagem realizadas no terminal portuário, que agora conta
com 10 metros de profundidade, permitindo o recebimento de navios de
grande porte e ampliando sua capacidade operacional.
“Estávamos com um ativo
estratégico parado há quase 20 anos. Agora, com articulação e planejamento,
conseguimos resgatar essa estrutura e iniciar um novo ciclo de desenvolvimento
para o sul da Bahia”, afirmou Antonio Gobbo, diretor-presidente da Codeba.
O diretor da companhia, José
Demétrius Moura, destacou que o empreendimento vai impulsionar não só a cadeia
produtiva do trigo, mas também atrair novos investimentos logísticos e
industriais para a região.
Próximos passos
A próxima etapa será a emissão
da Carta de Autorização, documento que permite à empresa assumir
oficialmente as áreas 3 e 4 do Porto de Ilhéus e iniciar as operações. A
expectativa é de geração de empregos diretos e indiretos, aumento da
arrecadação municipal e estímulo ao desenvolvimento econômico sustentável da
região.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a reativação do moinho é símbolo da força da parceria entre o setor público e privado. “Este investimento representa mais do que a recuperação de uma estrutura. É geração de empregos, fortalecimento da indústria nacional e melhoria na capacidade logística do país. Projetos como este são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento regional”, declarou.