A partir de 4 de junho, os Correios estão proibidos de realizar operações aéreas no Brasil. A suspensão foi determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) após fiscalizações constatarem o descumprimento integral de normas de segurança no transporte de cargas.
Entre fevereiro e abril de 2025, a Anac identificou que a estatal não atendeu medidas básicas, como garantir que apenas cargas com conteúdo declarado fossem embarcadas e que funcionários treinados supervisionassem o processo. Outras exigências foram cumpridas apenas parcialmente.
Para retomar os voos, os Correios e seus parceiros aéreos precisam comprovar o cumprimento das regras, apresentar uma análise de risco conjunta e um cronograma de adequações.
O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, afirmou que a empresa está dialogando com a Anac e que uma reunião agendada para 3 de junho pode evitar a paralisação. Ele ainda responsabilizou gestões passadas pela situação e citou a ausência de investimentos, como a falta de raio-X nos centros operacionais.
A crise expõe fragilidades operacionais herdadas e reacende o debate sobre a gestão da logística estatal no país.